Construído em blockchain, esse modelo é uma alternativa de uso para a web convencional
O mundo da internet está em constante transformação, com novas tendências e mudanças surgindo a cada momento. Com a evolução da chamada Web3, um novo espaço digital surgiu e tem ganhado a atenção das pessoas: a SocialFi. Ela utiliza as criptomoedas como forma de recompensa e pagamento para as atividades e serviços prestados pelos usuários.
Ela rapidamente tornou-se uma das alternativas mais chamativas dessa nova realidade. A seguir, entenda melhor do que ela se trata e quais são as suas vantagens.
O que é SocialFi?
Esse termo se refere à mídia social feita em uma blockchain, contendo uma camada de finanças em seu funcionamento. Dessa forma, ela reúne em um único espaço os princípios de finanças descentralizadas com mídias sociais. Assim, possibilita criar, possuir e gerenciar um conteúdo feito pelos usuários da plataforma.
Com isso, esse aplicativo tem o objetivo de oferecer aos usuários um controle maior dos seus dados, além de garantir a liberdade de expressão. A SocialFi também permite monetizar os seguidores e o engajamento causado por participantes, influenciadores e criadores de conteúdo.
Por exemplo, é possível transferir pagamentos diretamente para outros usuários da plataforma sem a necessidade de utilizar um fornecedor terceirizado. Então, além de receber os pagamentos de forma rápida e segura, não é preciso pagar taxas adicionais pela transferência.
Dessa forma, a SocialFi permite recompensar diretamente os seus usuários pelo conteúdo e engajamento por eles produzidos por meio da tokenização. Essa monetização é feita utilizando-se criptomoedas. O gerenciamento de propriedade e identidade digital ocorre com o uso de tokens não fungíveis (NFTs).
Desafios das redes sociais na Web2
Um dos grandes diferenciais da SocialFi é a sua mudança de Web2 para Web3. Mas, afinal, o que significam esses termos? O termo Web2 refere-se à versão da internet atualmente conhecida e utilizada pela maioria das pessoas, dominada por empresas. Nesse cenário, elas oferecem serviços em troca de dados pessoais dos usuários.
As redes sociais que fazem parte do sistema Web2 enfrentam uma série de desafios. Um deles é relacionado à monetização. Isso porque apenas algumas empresas centralizadas (e seus stakeholders) ganham com as interações e engajamentos por elas proporcionados.
A propriedade digital também é uma questão. A maioria dos aplicativos Web2 carecem do gerenciamento adequado desse tipo de propriedade. Há brechas para a pirataria digital, o que é um motivo de temor para artistas e criadores on-line.
Já a Web3 seria uma evolução desse tipo de uso, tendo a descentralização como base. Nela, os aplicativos são executados dentro das blockchains, dispensando a necessidade de saber (e, consequentemente, monetizar) os dados pessoais do usuário. Porém, permite que ele usufrua dos serviços e produtos criados por outras pessoas.
Quais as vantagens de utilizar a SocialFi?
Ainda há muita discussão sobre o uso da Web3, uma vez que as criptomoedas e as tecnologias blockchain estão se tornando mais proeminentes. Entretanto, a SocialFi oferece algumas vantagens bem importantes para os seus usuários.
Descentralização
Como explicado, a descentralização faz parte da natureza da Web3 e dessas mídias sociais. O resultado disso é que não há uma única entidade responsável pelas redes. Isso contrasta com a web convencional, cujo controle é centralizado por empresas e governos.
Privacidade em primeiro lugar
Outro foco muito importante da SocialFi é a garantia de privacidade aos usuários. Dessa forma, eles, caso desejem, podem manter o anonimato, tanto para realizar pagamentos quanto para criar o seu próprio conteúdo. Já na web convencional, as empresas geralmente reúnem muitas informações pessoais dos usuários.
Imutável e interoperável
A SocialFi ainda se destaca por mais dois motivos: a imutabilidade da Web3 e sua interoperabilidade. A primeira implica que um conteúdo não pode ser alterado depois de postado na Web3. Na web convencional, costuma ser bem simples gerenciar as postagens.
Já o segundo aspecto significa que vários aplicativos podem se comunicar uns com os outros, sem obstáculos ou dificuldades. É difícil conseguir essa integração na web convencional.